quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Onde o amor se esconde?

Eu amo.
Mas, amo tantas coisas,
E de formas tão estranhas,
E Tão envolventes, tão contundentes,
Tão diferentes, tão eloqüentes...
De tantas cores, de tantas flores
Amores exóticos...
Que não sei se é amor.
Ora amo aos homens.
Ora amo a flor
Ora amo as razões,
Ora amo a dor
E é em meio a tantas sensações
Impressões, tentações, frustrações,
Demonstrações e afetos
Tão cheios de ego,
Que carrego, no aconchego
Dum apego, dos desejos,
Dos teus beijos, do teu cheiro...
A imagem, o cabelo, teu sorriso,
Meu desespero, meu desejo
Uma lágrima, um aperto...
Uma constante tão instável,
Um sentimento tão venerado,
Sem convite, sem aviso,
Mesmo assim tão esperado,
Numa praia, num descampado,
Lá na relva, ao teu lado,
Junto a ti, bem grudado,
Ouvir teu beijo, teu estalo
Nos meus lábios os teus lábios,
Nos teus olhos minha face,
Que reflete em toda parte,
O meu reflexo em escarlate,
O rubro de minha repentina timidez,
Insensatez, estupidez, frenesi...
Que me faz rir, lembrar de ti,
Do teu olhar, do teu sorrir
Viajar até você,
Mas continuar aqui,
Tentando entender a dor de amr você,
Ou será a dor de não te ter aqui?
Beiro de novo as palavras da insanidade,
Talvez no calor da necessidade,
Deixei-me levar para os teus vários, cheiros,
Tuas várias vistas e lugares
De uma eternidade,
Me compliquei e nem lhe expliquei,
O porquê de tanta vaidade,
De tanto elogio, de tanta castidade,
Pensei em você e em sua sensualidade,
O poema sem fim, o poema da eternidade,
Que sorri para mim, e me diz a verdade,
Que em lágrimas comecei a escrever,
Com lágrimas cheguei à metade,
Que se estende por mais linhas,
Que se arrasta igual a mim,
Quando longe da sua suavidade,
Que me traz a paz e o conflito,
Por fora sorrio e por dentro me aflijo,
Acabo-me em tortura, em agonio.
De não saber se te quero pra sempre,
Ou se não te quero mais,
Perturba minha razão,
Mas alenta meu cais,
Torno agora ao sentimento,
Da qual me fugiu o pensamento,
De pensar em ti,
De pensar no alento,
De pensar na dor, de pensar no veneno
De enxugar as lágrimas, com um fim ameno,
Perceber outra vez que o amor
Me consumou, me deixou de lado
Que ele não é razão, nem também emocionado,
A ele nada se compara, a ele nada será lembrado,
Não o vemos, mas o temos,
Não pedimos, mas recebemos,
Não questionamos, apenas esperamos,
Que Ele se explique, que ele descomplique,
Que ele defina se é
Um sentimento ou um encantamento,
Se ele dá sentido, ou nos deixa combatido
Se é fel, ou, se é mel,
Direita, ou, esquerda,
Um fogo, ou, uma centelha
Uma confiança, ou, uma incerteza,
Um plebeu, ou, uma realeza
Um pedido, ou, uma queixa,
brecha, ou, uma deixa,
Uma sombra, ou, um calor
Se chora, ou, se já chorou,
já teve medo do escuro, ou, de ir ao porão,
Se mora no cérebro, ou, no coração
Se existe em todos, ou, ou é feito para poucos
Se é confuso ou eu quem sou a complicada,
Pois, começo achar que não o compreendo em nada
Que depois de tudo ainda não sei se
Devo dizer que amo, ou se, sou amada.
Que se findem minhas palavras,
que povoem, saia em revoada, que
Deixe-me, que me lavem a alma, e permaneça a dúvida entre amar e ser amada...
Entre escrever e ser descrita,
Entre casar e ser desquita,
Entre ser grande, e ser pequenina,
Entre ser fera e ser ferida,
Ser Mamãe e também filhinha,
Ser a Amiga, e ser a pretendida...
Que todos se perguntam, mas que ninguém responde
Que permaneça o mistério onde o amor se esconde...

Um comentário:

  1. Eu lembro qdo vc escreveu isso sakoskaso que dava preguiça de ler, mas era legal ouvir vc lendo, dando a entonação da voz, o ritmo... pq vc nao grava em audio e posta? Nao eh so pq eu tenho preguiça de ler, mas eh q era mto legal vc 'interpretando ele' ou, declamando, como dizia a Celia, ficava mto bom!!
    saudades de vc pirua! me liga neh sua kenga!

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