segunda-feira, 13 de outubro de 2014

"HORAÇÕES" de fim dos dias

Horas há em que já não há orações que alivie os arfares da gente,
Que alivie o suspiro lânguido que escapa da gente.
Horás há em que já não há sorrisos que alivem o sofrimento sentido pela gente,
Que alivie a dor aguda que desatina a mente
Horás há em que já não se conta o tempo
é muito, é pouco,
tempo há mais, tempo há menos
tempos amenos, amemos...
Horas há que minutos há que segundos há todo tempo existente:
sente-se cada instante como sendo eterno inferno intransigente
(...)
E já há tanto tempo, que de tanto tê-lo, uma hora cansa.
E a hora do descanço não está prevista nem agendada,
quem dessa porra se cansa, pára a valsa de dança marcada
cancela a música que o tempo, o ritmo e afinação já não alcançava
e prefere a surdez a ter de ouvir duras palavras
mas jamais o silêncio da injustiça que não aceitava
Suspende-se a dança, a música, as horas, os amores e pretensões encantadas
Quando não se vive no tempo da gente, a ação do outro é como adaga.

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