sábado, 24 de julho de 2010

Não quero mais cometer tais erros

Lembra na noite em que voltávamos da festa de 15 anos da Leninha e você me perguntou o que eu achava de você? Sim, você já não estava em si, era cinco da matina, atravessávamos uma ponte com uma garrafa na mão, para esperarmos um ônibus ou algo do tipo, pois logo no comecinho da noite mandamos nossos pais para casa e nem se quer pegamos dinheiro para táxi ou ônibus, de modo que a Luana quem teve que pagar nossas bebidas e nossa passagem, e parecíamos um bando de louco, com roupa de gala àquela hora e num ponto de ônibus?

Pois então, ali foi um dos momentos mais lúcidos da minha vida. E também ali foi onde eu cometi meu maior erro. Nos conhecíamos a menos de dois ano, mas, já te amava, a mais de uma eternidade. Até você já disse isso, que nosso amor é coisa da eternidade. Mas, agora somos só amigos.

Você me deu a oportunidade de dizer o que sinto por você, mas eu cometi meu maior erro. Meu maior erro foi, eu jurar amizade eterna, quando te amava loucamente. Foi oferecer um ombro amigo, quando queria oferecer meu coração. Foi ofertar um abraço, quando queria tocar-te os lábios. Foi admirar um físico, quando era apaixonada por uma personalidade. Foi dizer a mentira, para esconder a verdade. Foi escolher a tristeza, quando tinha nas mãos, a alegria. Foi querer me iludir, com a razão. Esse foi meu maior erro. Será que ainda tenho tempo de repará-lo? Não sei se há conserto.

 Mas o erro não foi só meu, você sabe. Você também se omitiu, refugiu-se em seu amor, esperava que eu vence-se essa barreira. E nós dois desejávamos a mesma coisa e disfarçava os mesmo sentimentos.
Deve ser por isso que estamos assim, meio que incompletos, como se nossas existências fossem semi-humanas. Somos quase nulos. Só existimos quando estamos um com o outro.

Você parece que sofreu com a minha falta de coragem para chamá-lo de amor e se afastou. Justamente o que eu temia, se eu me falasse a verdade. Eu, tentando corresponder à suas expectativas, entrei no jogo do disfarce e alienei nossa paixão e cheguei ao mesmo resultado que você temia, a distância. Por que eu entrei no seu lance de disfarce? Não era óbvio que aquilo era amor? Como pudemos nos enganar assim? Logo nós, que acreditávamos sermos tão inteligentes? Fizemos um ao outro de bobo, de estranho, de platônico. Quanta inocência, ignorância, bobagem e perdição.

Sim, meu maior erro, agora, vira meu maior ato de coragem e devoção. Não quero mais cometer tais erros, Léo, meu amigo, meu amor, minha paixão, meu irmão.

Nenhum comentário:

Postar um comentário